Carvão “limpo” é solução para o planeta?

É o que acredita ministro do ambiente australiano

Greg Hunt, ministro australiano do ambiente, disse hoje que seu país não tem de desistir do carvão completamente, apesar do terrível quadro do planeta divulgado neste final de semana pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticcas (IPCC).

O relatório do painel da ONU diz que as emissões de três importantes gases de efeito estufa são maiores hoje que nos últimos 800.000 anos. A Terra estaria a caminho de um aquecimento de pelo menos 4ºC até 2100 sobre níveis pré-industriais – uma receita para mais secas, aumento do nível do mar e extinção de espécies.

Os cientistas afirmam que a mudança para fontes mais limpas de energia, o aumento daeficiência energética e o uso de outros métodos de redução de emissões seriam mais baratos que os danos causados pela mudança do clima.

Mas, acredita Hunt, o plano governamental Ação Direta ajudaria a limpar a utilização de carvão: “Nossa meta é de redução de 30% e potencialmente de 50% da pegada de carbono das usinas de energia a carvão,” disse.

O Conselho do Clima sustenta que a queima de combustíveis fósseis é incompatível com o enfrentamento do aquecimento global. “Seria errôneo priorizar um setor da indústria às custas de nossa saúde coletiva, da economia e de nosso modo de vida,” afirmou sua diretora executiva Amanda McKenzie.

Os U$ 2.55 bilhões que estão sendo gastos no plano do governo australiano permitiriam que o país alcançasse sua meta de corte de 5% de suas emissões até 2020, tomando por base o ano de 2000, comenta o Sydney Morning Herald.

Fonte: Fernando Moital/Creative Commons